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segunda-feira, 25 de março de 2019

"O professor é criminalizável", diz deputada do Escola Sem Partido


"Veja só, você nem ficou me xingando como os outros", comentou, ao final da entrevista, a deputada catarinense Ana Caroline Campagnolo (PSL). Famosa no ano passado após incentivar alunos a filmarem professores "doutrinadores", ela mantém o mesmo tom bélico nas pouco mais de 400 páginas de Feminismo: perversão e subversão, obra que lançou em Fortaleza no último sábado.

No ano passado, Campagnolo foi questionada por associações do magistério e até pelo Ministério Público. Para eles, a medida é assédio e violação da liberdade de expressão dos professores.

Sobre a possibilidade de a medida "criminalizar" professores, sobretudo em um contexto de grandes dificuldades estruturais na educação brasileira, a deputada minimiza: "O professor é criminalizável, assim como o médico, carteiro, servidor da Justiça etc", afirma, negando ainda a possibilidade de a medida acabar só reforçando opiniões hegemônicas.

 "Recentemente, dois pais umbandistas ganharam uma ação na Justiça porque uma professora evangélica tentou catequizar um filho deles (...) vale para todos", afirma.
Ana Caroline Campagnolo defendeu ainda postura do atual ministro da Educação (MEC), Ricardo Vélez, que pediu que alunos de escolas públicas fossem filmados cantando o hino nacional. "Não vejo problema algum nisso. O hino é do Brasil, não pertence nem à esquerda, nem à direita", diz.


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