De quarta para quinta-feira o Congresso espetou Bolsonaro uma
conta de 6,1 a 6,5 bilhões por ano. Foram os reajustes dos Ministros do Supremo
e Procuradoria, que repercute também nos estados, além da isenção fiscal a quem
fabrica carros (2,1 bi). Isto depois que o Posto Ipiranga, Czar da Economia do
Capitão disse que os deputados e senadores precisavam de uma “prensa” para
aprovar a reforma da previdência.
As decisões do legislativo na prática são derrotas impostas a
Bolsonaro antes de assumir o poder, principalmente pelos incentivos fiscais,
que disseram na campanha que iriam acabar. O reajuste dos Ministros do Supremo
estavam congelados e de súbito foi desengavetado e votado as pressas.
Os incentivos fiscais era uma MP de Temer que estava
estacionado na Câmara. De maneira incrível os deputados aprovaram na noite de quarta.
Numa velocidade nunca antes vista na história do Legislativo, o projeto deu um
pulo na burocracia legislativa e em instantes já estava no Senado. Os senadores
levaram 22 minutos para relatar o projeto e aprová-lo no plenário.
Na manhã de quinta Temer já estava sancionando o projeto a
tempo de receber aplausos numa feira automotiva. A brincadeira custará 2,1
bilhões em renúncia fiscal. A equipe do capitão sabia dos projetos, porém não moveram
uma palha achando que os senadores não ousariam tanto, ao contrário, quando o Czar
da Economia falou em “prensa neles” foi como riscar um fósforo pra ver se ainda
tinha gasolina no fundo do tanque.
Eunício, a quem os cearenses não o quis de volta no Senado,
disse que não foi procurado, estava a disposição e nada, por isso vai tocar as
matérias com naturalidade. É como se o congresso quisesse remodelar o jargão de
Bolsonaro: “Irresponsabilidade Fiscal acima de tudo, Privilégio acima de todos”.
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