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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Na política, time de Bolsonaro tropeça na língua e não possuem traquejo com o Congresso


A articulação política que qualquer governo deve ter com o Congresso, este composto por deputados federais e senadores exigem habilidades de um tecelão. E a necessidade fica ainda maior quando o Capitão dá entrevistas dizendo que é importante aprovar ainda nesta legislatura a idade mínima para a aposentadoria. Mas tudo indica que os Bolsonaros falam muito, dão entrevista, mas não tem ninguém com bom trânsito no congresso para articular projetos. 

Porém...  porém os aliados de Bolsonaro resolveram cutucar os deputados e senadores com o pé para ver se eles mordem. Até os líderes congressistas simpáticos ao Capitão acharam esquisita a maneira que o Posto Ipiranga (Paulo Guedes) cobrou a aprovação da reforma da previdência. Ele defendeu “prensa neles, prensa neles”. Como se sabe, prensa é um aparelho que serve para achatar objetos.

Parece até ironia, mas o filho do capitão, deputado Eduardo Bolsonaro disse que achava difícil a reforma da previdência ser aprovada este ano. Ele é o mesmo que no fim de semana defendeu que o próximo presidente da Câmara seja um “trator” para derrubar manobras da oposição.

Pois bem, Bolsonaro já teve uma derrota nesta quarta, pois aprovaram o aumento dos juízes do Supremo de 33 para 39 mil. Com isso vem o efeito cascata e lá se vão 4 bi ao ano.

A prensa e o trator aparecem no linguajar do poder numa hora em que Bolsonaro promete compor a maioria no Congresso sem o velho toma-lá-dá-cá. Os parlamentares olham a cena e se recordam de uma frase de José Bonifácio, um antigo deputado mineiro. Chamado de Zezinho Bonifácio, ele dizia: “Aqui no Congresso tem de tudo. Tem ladrão, tem honesto, canalha, gente séria… Só não tem bobo.” Deputado por 28 anos, Jair Bolsonaro deveria conhecer melhor a alma do Parlamento.


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