A articulação política que qualquer governo deve
ter com o Congresso, este composto por deputados federais e senadores exigem
habilidades de um tecelão. E a necessidade fica ainda maior quando o Capitão dá
entrevistas dizendo que é importante aprovar ainda nesta legislatura a idade
mínima para a aposentadoria. Mas tudo indica que os Bolsonaros falam muito, dão entrevista, mas não tem ninguém com bom trânsito no congresso para articular projetos.
Porém...
porém os aliados de Bolsonaro resolveram cutucar os deputados e
senadores com o pé para ver se eles mordem. Até os líderes congressistas
simpáticos ao Capitão acharam esquisita a maneira que o Posto Ipiranga (Paulo
Guedes) cobrou a aprovação da reforma da previdência. Ele defendeu “prensa
neles, prensa neles”. Como se sabe, prensa é um aparelho que serve para achatar
objetos.
Parece até ironia, mas o filho do capitão, deputado
Eduardo Bolsonaro disse que achava difícil a reforma da previdência ser
aprovada este ano. Ele é o mesmo que no fim de semana defendeu que o próximo
presidente da Câmara seja um “trator” para derrubar manobras da oposição.
Pois bem, Bolsonaro já teve uma derrota nesta
quarta, pois aprovaram o aumento dos juízes do Supremo de 33 para 39 mil. Com
isso vem o efeito cascata e lá se vão 4 bi ao ano.
A prensa e o trator aparecem no
linguajar do poder numa hora em que Bolsonaro promete compor a maioria no
Congresso sem o velho toma-lá-dá-cá.
Os parlamentares olham a cena e se recordam de uma frase de José Bonifácio, um
antigo deputado mineiro. Chamado de Zezinho Bonifácio, ele dizia: “Aqui no Congresso tem de tudo. Tem ladrão,
tem honesto, canalha, gente séria… Só não tem bobo.” Deputado por 28 anos,
Jair Bolsonaro deveria conhecer melhor a alma do Parlamento.
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