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domingo, 11 de novembro de 2018

Bolsonaro diz que sua mãe comandaria Agricultura se valesse critério da UDR

Em nova aparição ao vivo, Jair Bolsonaro falou durante meia hora na internet, na noite desta sexta-feira, sobre as polêmicas que azedaram o seu humor durante a semana. Entre elas a reação negativa do presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, à indicação da deputada Tereza Cristina para comandar o Ministério da Agricultura.
Sem citar o nome de Nabhan, Bolsonaro declarou: “…Lamento que o outro colega aí andou se excedendo, achando que devia ser ele, porque ele esta há mais tempo comigo.” Por esse critério, ironizou, “tem que botar a minha mãe como ministra lá. Minha mãe está comigo há 63 anos, me apoiou em tudo até hoje. Então, minha mãe tinha que ser a ministra da Agricultura.”
Em entrevista ao UOL, Nabhan disse ter apoiado a candidatura presidencial de Bolsonaro “desde o início”. Ele mal conseguiu disfarçar sua decepção com a escolha de Tereza (DEM-MS), cujo apoio só veio na “última hora.” Além de estar, ele próprio, cotado para o posto, o chefe da UDR indicara como alternativa o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). Bolsonaro deu de ombros.
“Eu vinha falando durante a campanha que quem iria indicar o ministro ou a ministra da Agricultura seria o setor produtivo”, disse o presidente eleito. “E assim aconteceu: uma reunião com 50 parlamentares de vários partidos [membros da Bancada Ruralista], o nome dela foi colocado na mesa como a pessoa que interessa para esse setor produtivo do Brasil. Eu fechei questão no exato momento.”
Bolsonaro agradeceu o apoio do mandachuva da UDR. Mas revelou-se pragmático ao justificar sua opção: “Nós precisamos da Câmara. E os deputados e senadores sabem o que eles querem na questão do agronegócio. Apresentaram o nome dela e eu fechei questão.” Para alguém que dizia rejeitar o tama-lá-dá-cá, as palavras soaram esquisitas.

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