Em nova aparição ao vivo, Jair Bolsonaro falou durante meia hora na internet, na noite desta sexta-feira, sobre as polêmicas que azedaram o seu humor durante a semana. Entre elas a reação negativa do presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, à indicação da deputada Tereza Cristina para comandar o Ministério da Agricultura.
Sem citar o nome de Nabhan, Bolsonaro declarou: “…Lamento que o outro colega aí andou se excedendo, achando que devia ser ele, porque ele esta há mais tempo comigo.” Por esse critério, ironizou, “tem que botar a minha mãe como ministra lá. Minha mãe está comigo há 63 anos, me apoiou em tudo até hoje. Então, minha mãe tinha que ser a ministra da Agricultura.”
Em entrevista ao UOL, Nabhan disse ter apoiado a candidatura presidencial de Bolsonaro “desde o início”. Ele mal conseguiu disfarçar sua decepção com a escolha de Tereza (DEM-MS), cujo apoio só veio na “última hora.” Além de estar, ele próprio, cotado para o posto, o chefe da UDR indicara como alternativa o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). Bolsonaro deu de ombros.
“Eu vinha falando durante a campanha que quem iria indicar o ministro ou a ministra da Agricultura seria o setor produtivo”, disse o presidente eleito. “E assim aconteceu: uma reunião com 50 parlamentares de vários partidos [membros da Bancada Ruralista], o nome dela foi colocado na mesa como a pessoa que interessa para esse setor produtivo do Brasil. Eu fechei questão no exato momento.”
Bolsonaro agradeceu o apoio do mandachuva da UDR. Mas revelou-se pragmático ao justificar sua opção: “Nós precisamos da Câmara. E os deputados e senadores sabem o que eles querem na questão do agronegócio. Apresentaram o nome dela e eu fechei questão.” Para alguém que dizia rejeitar o tama-lá-dá-cá, as palavras soaram esquisitas.
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