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terça-feira, 7 de agosto de 2018

PSDB de Alckmin se junta a Collor em Alagoas

A radioatividade da aliança de Geraldo Alckmin com o centrão alastra-se da seara nacional para os Estados. Em Alagoas, o PSDB do presidenciável tucano cedeu seu tempo de propaganda no horário eleitoral para um personagem tóxico: Fernando Collor, candidato ao governo do Estado. O acerto do tucanato com Collor compôs o pacote de exigências do PP na negociação que encostou o centrão em Alckmin.
Até ontem, o tucanato alagoano era inimigo de Collor. Ex-presidente nacional do PSDB e ex-governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, conversou com Alckmin para tentar impedir a aliança. Teve de engolir o sapo. Despejou no Facebook algo muito parecido com o resultado de uma indigestão: “Desde o primeiro instante, manifestei minha posição contrária a aliança do PSDB com o PTC de Collor, sobretudo pela forma impositiva como ela ocorreu. Os meus correligionários sabem que não voto em Collor em nenhuma hipótese.”
A despeito da cara feia, Teotônio parece rendido à evidência de que, em política, nada se cria, nada se transforma, tudo se ajeita. “Continuarei trabalhando firme para elegermos as nossas candidaturas na eleição deste ano, as proporcionais, a de Rodrigo Cunha ao Senado e a de Geraldo Alckmin à Presidência do Brasil.”
Escorraçado do Planalto em 1992, no primeiro impeachment da história, Collor frequenta novamente as manchetes político-policiais. Seu conflito com a ética detectado pela Lava Jato. Ex-inimigo figadal do petismo, Collor tornou-se nos 13 anos de poder petista um feliz apoiador das gestões de Lula e Dilma Rousseff. Em retribuição, participou do saque à Petrobras.

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