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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Consultado, ‘patrão’ negaria reajuste para ministros do Supremo para R$ 39 mil mensais


Atualmente em R$ 33,7 mil, salário serve de base para magistrados de todo o país e poderá ultrapassar R$ 39 mil. Orçamento precisa ser aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente.

Parte dos 11 ministros do STF quer um aumento do salário, hoje fixado em R$ 33,7 mil por mês para pouco mais de R$ 39 mil mensais. A reivindicação ignora a falência do Tesouro Nacional e ofende os 13 milhões de brasileiros que estão no olho da rua. Os salários das supremas togas servem de referência para outros contra-cheques do serviço público. Quando sobem, puxam os demais. No final, a conta do reajuste pode passar dos R$ 5 bilhões por ano.
Há bons argumentos para defender qualquer pedido de aumento salarial, sobretudo num país inflacionário. No caso do Supremo, a má notícia é que não há dinheiro disponível no cofre. A boa notícia é que nenhum ministro está obrigado a permanecer no tribunal. Quem quiser, pode trocar a estabilidade funcional e o salário 20 vezes superior à média remuneratória do país pelos lucros incalculáveis de uma banca advocatícia privada. Em tempos de Lava Jato, cliente não vai faltar.
Porém, como a Constituição determina o percentual que a justiça federal possui do orçamento federal (6%), caberá ao próprio Supremo (os técnicos é claro) dizer de onde sairá a receita ou seja, alguma despesa terá que ser cancelada, obrigatoriamente, por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal. 

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