Vivo, Drummond diria que há “uma Rosa no caminho”. Em verdade, são duas
rosas em uma. O acaso atravessou na trilha de Michel Temer rumo ao arcaico Rosa
Maria Weber Candiota da Rosa.
Na loteria togada em que se converteu o Supremo
Tribunal Federal, Rosa Weber, como é conhecida, foi uma espécie de bilhete
premiado escolhido pelos deuses da senzala. Para desassossego da Casa Grande
ruralista, a ministra construiu sua carreira de magistrada na Justiça
trabalhista.
Sorteada
relatora da ação contra a portaria de Temer que dificultou o combate ao
trabalho escravo, Rosa concedeu liminar
que Suspendeu os efeitos da portaria até que o plenário da Suprema Corte se
pronuncie. O resultado seria outro se o relator sorteado fosse, digamos, Gilmar
Mendes.
Rosa escreveu
em seu despacho que as novas regras configuram “um quadro de aparente retrocesso.” Como de hábito, a ministra foi elegante no vernáculo.
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