No jogo
de cartas marcadas que se estabelceu entre o Senado e o Supremo Tribunal
Federal, o próximo lance executado no plenário do Senado. Diante da submissão
do Supremo, os senadores decidirão se as sanções cautelares impostas a Aécio
Neves devem ou não ser mantidas. Não é preciso ser vidente para prever o
resultado: suspenso pela Primeira Turma do Supremo, o senador tucano terá o
mandato restituído pelos colegas.
É possível
antever os discursos. Estalando de pureza moral, personagens como Renan
Calheiros e Romero Jucá dirão que defendem acima de tudo a Constituição, não
Aécio Neves, um senador que pediu e recebeu R$ 2 milhões a um corruptor.
Dedicarão meia dúzia de desaforos ao ex-procurador-geral da República Rodrigo
Janot. O líder tucano Paulo Bauer afagará Aécio com sua retórica.
O ruim de
tudo isso é odor. Mas é possível enxergar um lado bom, mesmo que seja
necessário procurar um pouco. O bom é que você ficará sabendo qual é o tamanho
da bancada do atraso no Senado. É a maior agremiação da Casa. Reúne a banda que
deseja salvar Aécio e o bloco que quer salvar o próprio pescoço.

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