''Enquanto houver bambu, lá vai flecha”, disse Janot no último sábado, num congresso de jornalismo. “
O governo age em duas frentes. Numa, realiza o mapeamento dos
votos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), palco da primeira batalha.
Tenta identificar potenciais traidores e isolar a oposição.
Noutra, aposta no
potencial da defesa preparada pelo advogado Antônio Cláudio Mariz, para
desqualificar juridicamente a acusação de corrupção passiva. No front político,
a prioridade fixada em conversas que Temer manteve no final de semana é conter
os arroubos do presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), convencendo-o a
nomear como realtor do processo o preferido do Planalto: Jones Martins
(PMDB-RS).
Diante
do risco real de conversão da primeira denúncia em pó antes que o Supremo
Tribunal Federal possa se debruçar sobre a peça, a Procuradoria-Geral da República
prepara as próximas fechadas. Equipa-se para acusar Temer de obstrução de
Justiça. A flecha deve ser disparada em agosto. E virá com a ponta molhada no
curare, um veneno paralisante. Os índios extraem a substâncias das plantas.
Janot espera obtê-la da delação do doleiro Lúcio Funaro, que negocia os termos
de sua colaboração com a força-tarefa da Lava Jato, em Brasília.

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