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segunda-feira, 3 de julho de 2017

Planalto usa frase de Janot para barrar denúncia

''Enquanto houver bambu, lá vai flecha”, disse Janot no último sábado, num congresso de jornalismo. “
O governo age em duas frentes. Numa, realiza o mapeamento dos votos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), palco da primeira batalha. Tenta identificar potenciais traidores e isolar a oposição. 

Noutra, aposta no potencial da defesa preparada pelo advogado Antônio Cláudio Mariz, para desqualificar juridicamente a acusação de corrupção passiva. No front político, a prioridade fixada em conversas que Temer manteve no final de semana é conter os arroubos do presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), convencendo-o a nomear como realtor do processo o preferido do Planalto: Jones Martins (PMDB-RS).

Diante do risco real de conversão da primeira denúncia em pó antes que o Supremo Tribunal Federal possa se debruçar sobre a peça, a Procuradoria-Geral da República prepara as próximas fechadas. Equipa-se para acusar Temer de obstrução de Justiça. A flecha deve ser disparada em agosto. E virá com a ponta molhada no curare, um veneno paralisante. Os índios extraem a substâncias das plantas. Janot espera obtê-la da delação do doleiro Lúcio Funaro, que negocia os termos de sua colaboração com a força-tarefa da Lava Jato, em Brasília.

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