Lula e
as forças políticas, sindicais e sociais que gravitam ao seu redor dançam algo
muito parecido com a coreografia da insensatez. Nesta quarta-feira um elenco de
arruaceiros marchou sobre a Esplanada à procura de encrenca. Exigiam a queda de
um presidente que já está no chão. E guerreavam contra reformas que flertam com
o arquivo. Perderam o nexo. Para não perder também a viagem, brigaram com a
polícia e destruíram o patrimônio público.
Foi como se
os devotos de Lula enxergassem a Esplanada dos Ministérios como uma loja de
louças hipertrofiada. Marcharam em direção ao Congresso Nacional como uma
manada de elefantes. A isto foram reduzidos os apologistas de Lula: elefantes
itinerantes. Ora estão em Curitiba, ora na Avenida Paulista, ora em Brasília.
Falta-lhes, porém, um rajá, isto é, um líder que os monte, apontando-lhes a
direção e contendo-lhes os modos. Lula ainda não se deu conta, mas a hora é de
moderação.
A Lava Jato
tranformou a briga entre o petismo e seus rivais numa gincana de sujos contra
mal lavados. Lula roça as grades de Curitiba. Aécio Neves assiste ao funeral de
sua carreira política em rede nacional. Temer virou caso para estudo: o
primeiro político da história a se tornar ex-presidente ainda na Presidência.
Num ambiente assim, quebra-quebra disfarçado de protesto, além de ser um crime,
é um erro.
Lula faria um
favor a si mesmo e ao país se segurasse seus radicais.
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