A grande maioria dos prefeitos eleitos
no último domingo, no Ceará, receberá as respectivas prefeituras em estado de
calamidade, apesar do expressivo volume de demissão de trabalhadores,
contratados para ajudarem na reeleição dos atuais governantes ou na eleição de
seus candidatos, que ocorrerão até dezembro.
A exceção de
uns 30 municípios, quase todos os demais estão em situação falimentar, ou
pré-falimentar, pelo excesso de gastos com pessoal e a redução dos repasses
federais obrigatório e voluntário. O Fundo de Participação dos Municípios é a
principal fonte de recursos de aproximadamente 90% das prefeituras do Ceará.
Por qualquer
razão que tenha sido o inchaço, agora, passado a disputa municipal, a redução
da folha terá que ser feita, também pela falta de recursos para honrar os
compromissos com seus dispêndios. Serão milhares de demitidos.
Não há como
negar a influência da crise econômica nacional no empobrecimento dos municípios
e dos Estados. Os governos Federal e Estadual, com escassos recursos, limitaram
as transferências voluntárias, única fonte de investimentos na quase totalidade
das cidades. Sem o dinheiro extra, quase nenhuma grande obra foi executada por
prefeituras.
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