| Painel eletrônico registra a votação dos parlamentares do veto ao reajuste dos servidores do Judiciário |
Projeto barrado pela presidente Dilma previa aumento salarial entre 53% e 78%, a ser pago em parcelas até 2019.
Neste final de 2015, Dilma está no mesmo lugar desconfortável em que se encontrava em dezembro de 2014: nas mãos de Renan Calheiros. Chegou a esse ponto porque preside uma bagunça fiscal. Recorre aos bons préstimos do presidente do Congresso para não ser enquadrada na Lei de Responsabilidade Fiscal. E Renan, um altruísta incorrigível, revela-se muito útil. Na noite desta terça-feira, livrou Dilma de um grande vexame.
Em sessão conjunta do Congresso, deputados e senadores puseram-se a analisar vetos presidenciais. A vedete da noite era o veto de Dilma ao projeto que concedia aos servidores do Judiciário um aumento médio de 56%, podendo chegar em alguns casos a 78,56%. Na conta do governo, a coisa custaria R$ 36,2 bilhões em quatro anos. Para derrubar o veto na Câmara, eram necessários 257 votos. Obtiveram-se 251 votos. Meia dúzia de votos separaram Dilma da humilhação. E eles só não vieram graças a uma manobra de Renan.
Num instante em que vários deputados se dirigiam ao plenário para votar, Renan encerrou uma votação que abrira não havia nem 15 minutos. O governo colecionou traidores em todos os partidos. (Josias de Souza)
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