O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, fez, na noite desta sexta-feira, 17, um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão. O deputado, que acaba de romper com o governo Dilma, atacou o executivo, criticou a falta de independência dos poderes e afirmou que o País vive uma ditadura.
Nesta quinta-feira, 16, Cunha foi acusado por um dos delatores da Operação Lava Jato, o lobista Julio Camargo, da Toyo Setal, de ter pedido propina de US$ 5 milhões referente a contratos de navios-sonda. O valor teria sido repassado por Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado pela Operação Lava Jato como o operador do PMDB dentro do escândalo da Petrobras.
O deputado nega a acusação e, alegando que as acusações tenham dedo do Planalto, rompeu com o Governo na manhã desta sexta. " O Governo quer me arrastar para a lama e isso eu não vou permitir", disse Cunha, que prometeu: "Se Dilma e o governo me querem como inimigo, conseguiram. Não haverá mais trégua".
Ainda nesta sexta, Cunha autorizou a abertura de quatro novas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs): a primeira delas irá investigar empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); a segunda vai investigar maus tratos contra animais; e a terceira vai investigar crimes cibernéticos no País; e uma destinada a apurar supostas irregularidades nos fundos de pensão das estatais. Redação O POVO Online
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