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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Maranhão pede 15 dias para responder à Procuradoria sobre o caos carcerário

Inferno maranhense: apenas em 2013, foram assassinados 59 presos no complexo de Pedrinhas
Venceu nesta terça-feira o prazo de três dias concedido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que o governo do Maranhão desse explicações sobre o caos que se estabeleceu no sistema prisional do Estado, em especial no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. As informações requisitadas pelo chefe do Ministério Público Federal não vieram.
A governadora Roseana Sarney e sua equipe alegam que precisarão de pelo menos duas semanas para preparar a resposta. Em nota, o governo maranhense informou que “apresentará levantamento completo das obras e ações realizadas na área da Justiça e administração penitenciária ao CNMP [órgão presidido por Janot] e CNJ [presidido por Joaquim Barbosa] nos próximos 15 dias.”
Repetindo: Roseana Sarney pede 15 dias para tentar esclarecer por que sua autoridade foi revogada no pedaço do mapa da capital maranhense onde está assentado o cadeião de Pedrinhas. O problema é que os dias no presídio maranhense são contados em cadáveres. Desde janeiro, foram executados 59 presos, sete deles apenas na última semana.
A realidade demonstra que, no interior de Pedrinhas, mandam os chefes das facções criminosas, não a governadora. Conforme noticiado aqui, chegou-se a um ponto em que os chefões do crime organizado obrigam presos a cederem suas mulheres e irmãs para serem estupradas por eles. Do contrário, morrem.
O procurador-geral cogita requerer ao STF a intervenção federal no Estado de Roseana. Não se sabe, por ora, se ele dará à governadora o prazo que ela quer. Suspenso desde a véspera do Natal, o expediente da Procuradoria só será retomado nesta quinta (26). (Josias de Souza)

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