Nas
últimas 48 horas houve uma baixa na pluviometria do Estado. Houve chuva em 79
municípios, mas grande maioria não atingiu um volume de 30 mm. As chuvas que
vem ocorrendo são decorrentes de formação de um Vórtice Ciclônico de Altos
Níveis, que está se afastando do continente de volta ao Oceano Atlântico. A
previsão da Funceme é de precipitações isoladas em todas as regiões do Ceará
até hoje.
Somente na região Norte, nos municípios de Uruoca e Senador Sá, o
volume atingiu mais de 50 mm. Foram registradas nessas duas cidades chuvas de
51 mm e 56 mm, respectivamente. A chuva que atingiu praticamente todos os
municípios da região do Jaguaribe no último dia 19, dia de São José, mal chegou
à nas cidades nas últimas 48 horas. Chovendo apenas, no dia de ontem, em oito
dos 21 municípios que compõe a mesorregião.
No litoral de Fortaleza, o registro maior foi de 8 mm, no
município de Pacajus. Nas demais regiões atingiu no máximo 40 mm, como foi no
caso do município de Missão Velha, no Cariri, onde foi registrado o volume de
42.4 mm. De acordo com matéria publicada ontem pelo Diário do Nordeste, a
meteorologista Cláudia Rickes explicou que a Zona de Convergência Intertropical
(ZCIT), que é o principal sistema causador de chuvas no Ceará, permanece
afastada e está sobre a Linha do Equador, sendo o modelo meteorológico atual
desfavorável à ocorrência de precipitações no Estado. A atual configuração
mantém a previsão de um prognóstico desfavorável para os próximos meses.
Na região do Cariri houve chuva em boa parte dos municípios, mas
com pequenos volumes. A maior chuva foi de 42.2 mm em Missão Velha, seguindo
por Umari (32 mm), Ipaumirim (31.6 mm) e Nova Olinda (29 mm). A falta de chuvas
prejudica o abastecimento de água nos municípios. Onze cidades correm o risco
de ter colapso no abastecimento de água, devido à baixa dos açudes. Da
capacidade total dos açudes cearenses, 18.233,0 hm³, o Estado só conta hoje com
44.3% (8070,0 hm³). Em várias comunidades o abastecimento já esta sendo
realizado por carros-pipa. Os dois açudes com situação mais crítica são o Açude
Penedo, no município de Maranguape, que esta com apenas 1,35% de sua capacidade
total, seguido pelo açude Madeiro, em Pereiro, com 1.99% do volume total.
(Diário do Nordeste)
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