Fernando Haddad concedeu entrevista à Globo de São Paulo neste sábado (25). Já na primeira pergunta foi cutucado sobre a aliança tóxica com Paulo Maluf. Carlos Tramontina, o entrevistador, fez um bom resumo da encrenca.
Durante 30 anos Paulo Maluf foi adversário do seu partido, recordou o repórter. É acusado de desviar dinheiro da prefeitura e, se sair do país, pode ser preso pela polícia internacional, realçou. O PT sempre criticou as políticas de Maluf. Agora, ao aliar-se com ele, não mostra-se conivente com suas práticas?
E Haddad: “Na verdade, uma coisa não tem nada a ver com a outra. O PP é um partido progressistas que apoia o governo Lula desde 2004. Inclusive está à frente do Ministério das Cidades, que é um ministério muito importante para as políticas públicas que eu quero implantar na cidade de São Paulo [...]. Apoia também o governo Alckmin. Está desde a eleição do Alckmin, em 2010, no governo do Estado…”
O candidato teria facilitado as coisas, para si e para a audiência, se dissesse a verdade. Algo assim: eu estava isolado, precisava de tempo na tevê e o Maluf condicionou o acerto com o PP à realização de uma coreografia que envolveu aquela fotografia radioativa nos jardins de sua mansão.
Ao responder com desconversa a uma pergunta tão clara, Haddad reforçou uma impressão que volta a cada eleição. Vença quem vencer, o “novo” é sempre mais um cadáver do velho. Basta examinar os vermes para eliminar as dúvidas. (Blog do Josias)
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