A Região Nordeste já conta com um Banco de Ossos. A primeira unidade, localizada em Recife, pertence ao Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira e tem como coordenador o ortopedista Cláudio de Oliveira Marques. Ele é o responsável por captar e preservar para enxerto futuro a cabeça do fêmur descartada de pessoas operadas ou daquelas que já morreram.
“Somos o primeiro banco fora do eixo Sul e Sudeste do Brasil, a ter um Banco de Ossos. Estamos ainda no início e não conseguimos captar tecido ósseo de um doador que já morreu, mas se a gente conseguir captar em dois pacientes apenas a cabeça do fêmur já dá para iniciar [o transplante]”, disse o médico em entrevista hoje (6), no programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
De acordo com o ortopedista, é preciso fazer um trabalho de convencimento das pessoas sobre esse tipo de doação, no caso de pessoas que já morreram, pois há dois aspectos importantes. Primeiro eles acham que o corpo vai ficar mutilado. “Isso não acontece a gente reconstitui os ossos com material adequado com pinos especiais para não ter prejuízo na hora de fazer o sepultamento”, explicou. O outro é que nas regiões Norte e Nordeste há uma cultura em que a família guarda as cinzas dos ossos e isso dificulta a doação.
Jornal O Estado
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