Trabalhadores
rurais ocuparam, na manhã de ontem, o pátio da Prefeitura deste Município em
busca de uma solução contra os prejuízos causados pela seca no Estado. Esperam
apoio por parte dos Governos Federal, do Estado e Município.Os trabalhadores
reivindicaram ao
prefeito de Canindé, Cláudio Pessoa, o decreto do estado de
emergência no Município, liberação de 10 mil cestas básicas, pagamento de todas
as parcelas do Garantia Safra, ampliação do serviço de carro-pipa e criação de
um fundo emergencial para assistência aos agricultores.
Também reivindicam a liberação de recursos para as Secretarias de Agricultura, Infra-Estrutura, como forma de garantir a mão de obra dos trabalhadores, limpeza nas paredes dos açudes, recuperação das estradas, três lonas de 8x100metros e um reservatório de água para o acampamento do Xinuaquê, entre outros pontos. Cláudio Pessoa passou todo o dia de ontem em seu gabinete reunido com as lideranças do movimento e, de imediato, autorizou a liberação de alimentos e água para os trabalhadores acampados.
"Sempre estive do lado dos agricultores. Como gestor, espero atender, dentro de nossas possibilidades, os pedidos dos rurícolas. A luta não é só dos agricultores. A luta é nossa. Irei com vocês para onde for necessário´´, garantiu o prefeito.
Segundo o presidente
do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Canindé, José Thomé da Cruz Almeida, a
perda de milho chega a 90% e o feijão a 70%. "A coisa é pior do que
imaginávamos, Não tem nada no campo. Muita gente já encontra dificuldades para
encontrar o que comer e beber´´, declarou. Já Josenildo Miguel, do Movimento
dos Sem-Terra (MST), disse que todo o cultivo está perdido. "A fome e a
sede já imperam no Sertão´´, salientou.
O agricultor Antônio de Sousa, da comunidade de Minador, lembrou que plantou dois hectares de milho e feijão. "O que nasceu, a lagarta comeu e o resto o sol se encarregou de matar".
Fonte: Diário do
Nordeste
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