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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Seca: Agricultores ocupam sede de Canindé


Trabalhadores rurais ocuparam, na manhã de ontem, o pátio da Prefeitura deste Município em busca de uma solução contra os prejuízos causados pela seca no Estado. Esperam apoio por parte dos Governos Federal, do Estado e Município.Os trabalhadores reivindicaram ao 
prefeito de Canindé, Cláudio Pessoa, o decreto do estado de emergência no Município, liberação de 10 mil cestas básicas, pagamento de todas as parcelas do Garantia Safra, ampliação do serviço de carro-pipa e criação de um fundo emergencial para assistência aos agricultores.

Também reivindicam a liberação de recursos para as Secretarias de Agricultura, Infra-Estrutura, como forma de garantir a mão de obra dos trabalhadores, limpeza nas paredes dos açudes, recuperação das estradas, três lonas de 8x100metros e um reservatório de água para o acampamento do Xinuaquê, entre outros pontos. Cláudio Pessoa passou todo o dia de ontem em seu gabinete reunido com as lideranças do movimento e, de imediato, autorizou a liberação de alimentos e água para os trabalhadores acampados.

"Sempre estive do lado dos agricultores. Como gestor, espero atender, dentro de nossas possibilidades, os pedidos dos rurícolas. A luta não é só dos agricultores. A luta é nossa. Irei com vocês para onde for necessário´´, garantiu o prefeito.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Canindé, José Thomé da Cruz Almeida, a perda de milho chega a 90% e o feijão a 70%. "A coisa é pior do que imaginávamos, Não tem nada no campo. Muita gente já encontra dificuldades para encontrar o que comer e beber´´, declarou. Já Josenildo Miguel, do Movimento dos Sem-Terra (MST), disse que todo o cultivo está perdido. "A fome e a sede já imperam no Sertão´´, salientou.

O agricultor Antônio de Sousa, da comunidade de Minador, lembrou que plantou dois hectares de milho e feijão. "O que nasceu, a lagarta comeu e o resto o sol se encarregou de matar".

Fonte: Diário do Nordeste

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