Será
escolhido por sorteio o relator do processo a ser aberto contra Demóstenes
Torres (ex-DEM-GO) no Conselho de Ética do Senado. Membros da bancada do PT
chegaram a trombetar que caberia à legenda , dona da segunda maior bancada,
indicar o nome do relator. Engano.
O critério da
proporcionalidade das bancadas vale apenas para a seleção do presidente do
colegiado, que sairá dos quadros do PMDB. Alterada em 2008, a regra que
acomodou o relator nas mãos do acaso consta da resolução 20 do Senado. Um
documento que disciplina o funcionamento do Conselho de Ética.
O
artigo 15 anota as providências que o presidente do Conselho tem de adotar
sempre que é aberta uma representação como a que o PSOL formulou contra
Demóstenes. O terceiro item desse artigo prevê: aceita a representação contra
um senador, passa-se à “designação de relator, mediante sorteio, a ser
realizado em até três as úteis, entre os membros do Conselho”.
O texto acrescenta:
“sempre que possível”, deve-se evitar a escolha de políticos filiados ao
partido autor da representação e da legenda do acusado. Após analisar a
atual formação do Conselho de Ética, uma víbora do Senado comentou:
“Esse
sorteio tem tudo para ser divertido: se der Renan, ele dirá que não se sente à
vontade. Dando Jucá, sairá de banda. Se o sorteado for o Lobão Filho, vai
lembrar que já disse não saber por que o colocaram no Conselho. Se bobear, o
Demóstenes acaba escapando por decurso de prazo.” O Conselho reúne-se na tarde
desta terça (10).
Blog do
Josias
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