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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Prefeitura de Fortaleza nega anistia, acordo fracassa e tensão aumenta


Quatro horas de debate, vereadores agindo como intermediários, um dia inteiro de protestos, uma greve do funcionalismo público utilizada como ameaça e a estaca da negociação entre Prefeitura de Fortaleza e servidores insatisfeitos com salários e condições de trabalho não saiu do zero.

 Assim, o “Dia D”, considerado como decisivo para a deflagração da parada geral, tornou-se uma quinta-feira de discursos. Sindicatos e administração sequer chegaram a um acordo sobre percentuais de reajuste. Os manifestantes querem 10% no vencimento base; a gestão propõe variável de 3,41% a 22,77% na remuneração final.

Titular da Secretaria da Administração do Município (SAM), Vaumik Ribeiro informou que a Prefeitura já compromete 45% da sua Receita Corrente Líquida (RCL) com pagamento de pessoal. O limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal é 52%. “Algumas reivindicações comprometem 66%”, disse.

Também não houve acordo quanto à concessão de anistia aos envolvidos em protestos. O ponto é tido como prioritário para os trabalhadores. “Não admitimos qualquer retaliação. Se houver, podemos deflagrar outro tipo de movimento, mais forte, que não vamos falar agora. Mas vamos acabar com esse governo”, disse a presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos, Nascélia Silva.

“Não temos como garantir (a anistia), porque o serviço público tem que ser mantido e não toleramos atos de depredação de patrimônio”, rebateu Vaumik Ribeiro. (Colaborou Samaísa dos Anjos, O Povo)

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