Quatro horas de debate, vereadores agindo como
intermediários, um dia inteiro de protestos, uma greve do funcionalismo público
utilizada como ameaça e a estaca da negociação entre Prefeitura de Fortaleza e
servidores insatisfeitos com salários e condições de trabalho não saiu do zero.
Assim,
o “Dia D”, considerado como decisivo para a deflagração da parada geral,
tornou-se uma quinta-feira de discursos. Sindicatos e administração sequer
chegaram a um acordo sobre percentuais de reajuste. Os manifestantes querem 10%
no vencimento base; a gestão propõe variável de 3,41% a 22,77% na remuneração
final.
Titular da Secretaria da Administração do Município
(SAM), Vaumik Ribeiro informou que a Prefeitura já compromete 45% da sua
Receita Corrente Líquida (RCL) com pagamento de pessoal. O limite permitido
pela Lei de Responsabilidade Fiscal é 52%. “Algumas reivindicações comprometem
66%”, disse.
Também
não houve acordo quanto à concessão de anistia aos envolvidos em protestos. O
ponto é tido como prioritário para os trabalhadores. “Não admitimos qualquer
retaliação. Se houver, podemos deflagrar outro tipo de movimento, mais forte,
que não vamos falar agora. Mas vamos acabar com esse governo”, disse a
presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos, Nascélia Silva.
“Não
temos como garantir (a anistia), porque o serviço público tem que ser mantido e
não toleramos atos de depredação de patrimônio”, rebateu Vaumik Ribeiro. (Colaborou
Samaísa dos Anjos, O Povo)
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