Carnaval 2012: 58 mortes violentas

Quatro dias e cinco noites. Os números do Carnaval 2012 no Ceará incluem, ainda, 77 acidentes em estradas estaduais com nove mortes e 50 feridos, 245 motoristas autuados por embriaguez, 132 veículos apreendidos (76 motos) e 58 mortes violentas. Algumas estatísticas apresentaram significativas reduções, em comparação à folia de 2011, porém, os dados continuam a ser protagonizados pela irresponsabilidade e violência.

O “balanço” da festa teve início já na sexta-feira (17) às 18 horas e foi concluído, ontem, no mesmo horário. Nos 12 mil km de rodovias estaduais, a maioria das mortes foi causada, mais uma vez, pelas motocicletas. Foram sete condutores e passageiros falecidos, com várias autuações no Interior. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) realizou 128 pontos de blitze em cada dia do Carnaval.

Segundo o coronel Studart, da PRE, o número de acidentes caiu 9,41% e o de vítimas feridas reduziu 32,43%. Mais uma morte foi registrada, comparando ao ano passado. “Infelizmente, a educação no trânsito só tem resultado para crianças e jovens, os adultos só aprendem com fiscalização”, opinou. A justificativa para a afirmação baseia-se no aumento de 142% no número de motoristas bêbados, 13 destes, presos por excederem em mais de 0,6 grama de álcool por litro de sangue.

MENOS VIOLÊNCIA

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) divulgou, na tarde de ontem, os números da violência durante os quatro dias de Carnaval. De acordo com o órgão, foram registrados 31 homicídios, 11 em Fortaleza. O total de mortes violentas foi 83, entre causas de homicídios, afogamentos, acidentes de trânsito, suicídios, choques elétricos, quedas e achados de cadáver.

Dados do Corpo de Bombeiros dão conta de que 10 pessoas morreram por afogamento, 20% a menos do que em 2011. Outras 59 pessoas afogadas conseguiram ser resgatadas com vida. De acordo com as informações da SSPDS, as reduções nos números da violência no Ceará apresentam -41,5% para homicídios, -30,12% para mortes violentas e 20% de afogamentos.

O Estado