Levado às manchetes pelas chuvas, o Ministério da Integração
Nacional passou a brilhar mais do que o Sol. Irradia notícias incômodas. Uma
após a outra.
Deve-se aos repórteres
Breno Costa e Andreza Matais a revelação dos penúltimos raios dessa aurora de
encrencas. Contam que o ministro Fernando Bezerra Coelho privilegia o filho na
distribuição de emenda$.
A dupla informa:
homônimo do pai, o deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE) pendurou no
Orçamento da União de 2011 algo como R$ 9,1 milhões em emendas.
Direcionadas à
Integração Nacional, as emendas de Fernando, o filho, foram integralmente
empenhadas por Fernando, o pai. O “empenho” é o documento que assegura a
liberação futura das verbas.
Há mais: o dinheiro vai
financiar obras da Codevasf, a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São
Francisco. Chama-se Clementino Coelho o presidente interino da estatal. Vem a
ser tio de Fernando, o filho. Irmão de Fernando, o pai.
Há pior: as emendas prevêem a realização de obras de
abastecimento d’água. Onde? No sertão de Pernambuco, reduto eleitoral dos
Coelho. Acha pouco? Pois não é só.
Também no Orçamento de
2010, o filho-deputado destinara, por meio de emendas ao orçamento gerido pelo
pai-ministro, um naco de verbas à Codevasf comandada pelo presidente-tio.
Nesse caso, além de empenhadas, as emendas já foram pagas. Um
pedaço migrou para a caixa registradora da empresa Hidrosondas. Coisa de R$ 1,3
milhão.
A Hidrosondas está
sediada no município pernambucano de Petrolina. Fernando, o pai, já foi
prefeito da cidade. Fernando, o filho, é pré-candidato à prefeitura nas
eleições municipais deste ano.
A empresa de sondas foi contratada pelo superintendente da
Codevasf em Petrolina. Chama-se Luís Eduardo Frota. Foi indicado pela família
Coelho.
O objeto do contrato com
a Hidrosondas previa a perfuração de poços. Onde? Em sítios assentados em
municípios de onde jorraram quase 50% dos votos que levaram Fernando, o filho,
à Câmara.
Como se vê, o ministro apadrinhado pelo governador pernambucano
Eduardo Campos (PSB) tornou-se um administrador tóxico. Já se havia descoberto
que ele enviara a maior fatia das verbas de prevenção de acidentes naturais
para Pernambuco. Descobre-se agora que trabalha integração familiar. (Blog
do Josias)
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