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sábado, 7 de janeiro de 2012

Ministro privilegia liberação de emendas do filho


Levado às manchetes pelas chuvas, o Ministério da Integração Nacional passou a brilhar mais do que o Sol. Irradia notícias incômodas. Uma após a outra.

Deve-se aos repórteres Breno Costa e Andreza Matais a revelação dos penúltimos raios dessa aurora de encrencas. Contam que o ministro Fernando Bezerra Coelho privilegia o filho na distribuição de emenda$.

A  dupla informa: homônimo do pai, o deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE) pendurou no Orçamento da União de 2011 algo como R$ 9,1 milhões em emendas.

Direcionadas à Integração Nacional, as emendas de Fernando, o filho, foram integralmente empenhadas por Fernando, o pai. O “empenho” é o documento que assegura a liberação futura das verbas.

Há mais: o dinheiro vai financiar obras da Codevasf, a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco. Chama-se Clementino Coelho o presidente interino da estatal. Vem a ser tio de Fernando, o filho. Irmão de Fernando, o pai.

Há pior: as emendas prevêem a realização de obras de abastecimento d’água. Onde? No sertão de Pernambuco, reduto eleitoral dos Coelho. Acha pouco? Pois não é só.

Também no Orçamento de 2010, o filho-deputado destinara, por meio de emendas ao orçamento gerido pelo pai-ministro, um naco de verbas à Codevasf comandada pelo presidente-tio.

Nesse caso, além de empenhadas, as emendas já foram pagas. Um pedaço migrou para a caixa registradora da empresa Hidrosondas. Coisa de R$ 1,3 milhão.

A Hidrosondas está sediada no município pernambucano de Petrolina. Fernando, o pai, já foi prefeito da cidade. Fernando, o filho, é pré-candidato à prefeitura nas eleições municipais deste ano.

A empresa de sondas foi contratada pelo superintendente da Codevasf em Petrolina. Chama-se Luís Eduardo Frota. Foi indicado pela família Coelho.

O objeto do contrato com a Hidrosondas previa a perfuração de poços. Onde? Em sítios assentados em municípios de onde jorraram quase 50% dos votos que levaram Fernando, o filho, à Câmara.

Como se vê, o ministro apadrinhado pelo governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) tornou-se um administrador tóxico. Já se havia descoberto que ele enviara a maior fatia das verbas de prevenção de acidentes naturais para Pernambuco. Descobre-se agora que trabalha integração familiar. (Blog do  Josias)

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