O dono de uma fazenda na cidade de Canindé, a 120
km de Fortaleza, diz estar preocupado com o aparecimento de urubus e outros
animais mortos na propriedade dele. “Há um mês, venho encontrando animais
mortos próximo a uma lagoa no terreno. Da primeira vez, vi 40 urubus mortos”,
afirma Miguel Augusto, proprietário da Fazenda Carneiro.
Depois de
encontrar os primeiros urubus mortos, o fazendeiro passou a observá-los e
percebeu que os animais apresentam comportamento estranho antes de morrer. “Os
urubus aparentam fraqueza, não conseguem voar e, depois, morrem”, explica. “Os
urubus ajudam na decomposição dos animais mortos. Estou muito preocupado porque
essas mortes repentinas devem mexer com o ecossistema da região”, afirma.
Augusto foi surpreendido também quando voltou para
recolher o corpo dos animais mortos. “Eles somem, como se algum outro animal
tivesse levado para comer”, relata. Além dos urubus, o fazendeiro informou
também ter encontrado um cachorro e um gavião mortos no mesmo local. “Moro há
16 anos nessa fazenda e é a primeira vez que vejo um negócio desses”, afirma.
Suspeitas
A
principal suspeita do fazendeiro é que os animais tenham sofrido algum tipo de
envenenamento ou doença. O chefe de fiscalização do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Ceará, Rolfran
Ribeiro, diz que a morte repentina desses animais pode estar ligada à lagoa que
fica na fazenda. “É comum que se lavem depósitos de agrotóxicos nessas lagoas,
o que pode ter gerado a contaminação da água bebida pelos animais”, diz.
A assessoria da Superintendência Estadual do Meio
Ambiente do Ceará (Semace) informou que o órgão não havia sido notificado do
caso, mas uma visita à Fazenda Carneiro deve ser agendada ainda nessa semana.De
acordo com a Semace, os técnicos devem recolher amostras da água e e do terreno
da região para fazer uma análise.
Ipu Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário