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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

'Tenho medo de encará-lo', diz mãe de rapazes mortos por ex-PM, em Iguatu


“Tenho medo de encará-lo”, diz Célia Moreno, sobre o ex-capitão da PM, Daniel Gomes, acusado de assassinar filhos dela, Marcelo e Leonardo Moreno Teixeira, que eram estudantes de medicina, em  Iguatu, a 384 km de Fortaleza. Ela passou mal e retirou-se da sala onde acontece o julgamento do ex-capitão nesta quarta-feira (7) no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. “O sentimento de medo em encontrá-lo vem quando penso no meu outro filho, o único que me resta”, afirma. No último dia 29, o julgamento foi adiado devido a ausência de uma testemunha.

O segundo a depor foi o funcionário da churrascaria onde ocorreu o assassinato. Ele disse que chegou a intervir no momento da briga entre o ex-capitão e Marcelo Teixeira e, quando achava que tinha apartado os dois, o ex-capitão sacou uma arma da perna e disparou contra o estudante de medicina. O funcionário da churrascaria afirmou que Leonardo Teixeira Moreno apareceu após o irmão dele ter sido baleado.

A terceira testemunha, o garçom da churrascaria, revelou mais detalhes do momento do assassinato ao dizer que Leonardo entrou em luta corporal com o ex-capitão após a morte do irmão e acabou também levando um tiro. Ambos foram baleados no abdômen. O garçom disse ao júri ter servido oito doses de whisky ao ex-capitão, revelação que gerou uma discordância entre os advogados de defesa e acusação. O terceiro depoente lembrou também das palavras que o ex-capitão disse após ter matado os dois irmãos: “Acabei com a minha vida e com a desses dois rapazes”.
Estudantes assassinados

O caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP) do Estado, os irmãos foram assassinados na madrugada de 17 de março de 2007, em uma churrascaria. Segundo testemunhas, Marcelo foi urinar próximo ao carro de Daniel Gomes, onde a enteada do policial estava dormindo.

Ao ver a cena, ele foi tomar satisfações com o estudante. O PM agrediu e atirou no abdome do rapaz. Leonardo saiu em defesa do irmão e também foi atingido no abdome. As vítimas foram socorridas, mas não resistiram e vieram a falecer.

No mesmo dia, o acusado se apresentou à Delegacia de Jaguaribe e confessou ter matado os irmãos, alegando legítima defesa. Afirmou que a arma usada foi tomada de um dos universitários e que, atirar, foi o único meio para se defender das agressões dos estudantes.

Fonte: G1

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