As
estatísticas comprovam que o sucesso do governo de Michel Temer tornou-se uma
inviabilidade matemática. Noves fora o fato de que o próprio presidente foi
denunciado por corrupção, seu staff político é 100% feito de encrencados —50%
dos operadores de Temer estão presos. Os outros 50%, protegidos pelo escudo do
foro privilegiado, aguardam na fila.
Detido nesta segunda-feira, o ex-ministro Geddel Vieira Lima
passou a integrar a ala dos amigos do presidente que trocaram os jantares do
Jaburu pela quentinha da cadeia. Antes dele foram encarcerados dois
ex-presidentes da Câmara: Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves. Ex-assessor
de Temer, Rodrigo Rocha Loures, o homem da mala, também amargou seus dias de
quentinha antes de migrar, no último final de semana, para a prisão domiciliar.
Agarrados ao
foro especial do Supremo Tribunal Federal estão o senador e ex-ministro Romero
Jucá e os ainda ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e
Eliseu Padilha (Casa Civil).
Cercado de
suspeição por todos os lados, Temer assegura ao país que sua presidência é uma
ilha de moralidade. Flutuam ao redor Geddel, Cunha, Alves, Jucá, Moreira,
Padilha e um enorme etcétera de aliados. Shakespeare devia estar pensando nisso
quando disse: “Não há o que escolher num saco de batatas podres.”

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