O governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), autorizou a liberação de R$ 65,9 milhões para a Operação Carro-Pipa em todo o semiárido. O recurso é repassado para o Exército Brasileiro, que é responsável pela execução do serviço e descentralização da verba.
Pipeiros haviam denunciado, logo no primeiro dia do ano, a suspensão temporária dos serviços por falta de recursos da União, após terem acesso a uma notificação do 40º Batalhão de Infantaria (40º BI), sediado em Crateús, responsável pela operação.
O diretor geral do Sinpece ainda informou que cerca de 400 caminhões-pipa estariam paralisados, deste modo, afetando cerca de 250 mil pessoas, em mais de 30 municípios cearenses. Dentre as regiões mais prejudicadas, estariam as zonas rurais de Inhamuns, Crateús e Sertão Central - das mais afetadas nas reservas hídricas. Dos municípios mencionados, a paralisação dos serviços haveria ocorrido em Crateús, Tauá, Aiuaba, Parambu, Arneiroz, Salitre, Campos Sales e Monsenhor Tabosa. "A demanda que precisa é muito grande. Dos 184 municípios no Ceará, cerca de 140 precisam de caminhão-pipa na zona rural. De 2017 para cá, o orçamento diminuiu muito", confirmou Eduardo Aragão.
O MDR negou a suspensão dos serviços. "Não houve qualquer paralisação no fornecimento de água potável à população atendida pela operação", afirmou a pasta do governo federal. Nesta terça-feira, 5, foram liberados R$ 65 milhões relativos ao mês de janeiro, em caráter emergencial, para todo o semiárido brasileiro.
A situação de emergência ocorre pela
não aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2021, que ainda está
pendente. O MDR possui a autonomia de repassar o recurso de
urgência, de acordo com a legislação. A pasta ainda definiu 939 localidades
prioritárias para investimentos de segurança hídrica a partir de 2021, em nove
Estados, incluindo o Ceará. Durante todo o ano, serão repassados em torno de R$
700 milhões para a Operação Carro-Pipa funcionar no semiárido brasileiro,
conforme o Ministério.

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