Bolsonaro foi
melhor no Jornal Nacional que nos debates até
agora. A dificuldade de articular ideias e frases esteve presente, mas em menor
grau. Bolsonaro gosta de ringue e se sai melhor quando propiciam isso a ele.
Teve até algo parecido com desenvoltura. Nisso ele ficou à vontade.
Bateu na Globo pelas contratações via
pessoa jurídica (PJ) – a pejotização – para driblar direitos trabalhistas.
Citou fala de Roberto Marinho para defender a ditadura militar, na mais
previsível de suas investidas. Certamente levou seus fãs ao delírio. Poucas
vezes a emissora foi pressionada daquela maneira, ao vivo e dentro de seus
estúdios.
O pior momento para ele, de longe, foi quando mencionou a diferença salarial entre Bonner
e Renata Vasconcellos. Ela o enquadrou com firmeza. Foi quando ele perdeu
pontos e acusou o golpe.
Na véspera, William
Bonner e Renata Vasconcellos estavam um
tom acima de um Ciro Gomes (PDT) tão zen quanto
possível a ele. Na noite desta terça-feira, 28, Bolsonaro foi um tom além na
agressividade que os entrevistadores. Foi preparado para bater e fez isso.
Ficou menos acuado do que Ciro na véspera.
Bonner e Renata Vasconcellos não conseguiram
deixá-lo realmente incomodado com nenhuma pergunta. Para todas tinha resposta,
dentro de sua lógica própria, da forma de ver o mundo que é dele e que
compartilha com seus seguidores.
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