“Passei de herói a bandido em segundos. Prendi três pessoas
que faziam uma série de assaltos e no outro dia vim pra cá (Fortaleza), taxado
de bandido. Estou vendo todo o meu trabalho sendo jogado no lixo com acusações
mentirosas.
Estão dizendo que sou homicida. Tenho três anos de Polícia e 32 de
idade. Nunca matei ninguém em minha vida”. As palavras são do soldado Fábio
Paulo Sales Gabriel, que compunha a composição de Horizonte com os PMs Hugo dos
Santos Guedes e Jucieldo Holanda Lopes.
Os três afirmam que estavam juntos no dia da
chacina, quando foram à Grande Messejana, na base do “Crack É Possível Vencer”
prestar apoio à família do soldado Valtemberg Serpa, morto horas antes da
chacina. Eles teriam parado numa lanchonete na avenida Washington Soares e, em
seguida, voltado para Horizonte. Eles estão entre os 11 PMs ouvidos pelo O POVO
que negam participação na chacina, se solidarizam com as vítimas e pedem
Justiça para o caso. Afirmam que não querem “pagar uma conta” que não seria
deles.
Destes 11, os que estavam de folga relatam que foram ao lugar para prestar solidariedade ao colega de farda. Os que trabalhavam dizem que atenderam ocorrências de lesão a bala e óbito, passadas pela Coordenadoria Integrada de Segurança (Ciops), e que não se omitiram em atender as vítimas. (O Povo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário