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sábado, 12 de novembro de 2011

Em Assembleia, professores recusam proposta do Governo e articulam nova greve


Após 64 dias de greve e um mês de trégua para negociação com o governo, professores da rede estadual de ensino do Ceará deliberaram, ontem à tarde, iniciar uma nova paralisação já no próximo dia 25, data de mais uma assembléia.

A categoria, com os nervos à flor da pele e insatisfações salariais de sobra, queria abandonar as salas de aula ontem, mas o Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc) pisou o pé no ´freio´ e pediu um prazo jurídico de oito dias para a decretação formal da decisão.

Entre mil descontentamentos dos educadores e tantas cautelas dos advogados da Apeoc, os servidores terão que esperar a publicação de edital na segunda-feira e comunicado oficial ao Governo do Estado do Ceará e ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) do fim daquela primeira greve, que só estava suspensa, e início de uma nova no Interior e na Capital. Toda essa novela se desenrolou no auditório lotado do Aécio de Borba.

Frustração
A notícia de que os profissionais teriam que voltar normalmente às aulas na segunda-feira pareceu ter frustrado muita gente que já veio com o anseio de paralisar. Ao final da assembléia, gritos e xingamentos comprovaram uma certa descrença com o sindicato. Acusações de manobras foram esbravejadas pelos quatro cantos do ginásio.

O aumento anunciado pelo governo de 15% não geraria efeito algum, visto que já seria um aumento previsto para o ano de 2012. "A maioria dos que querem a greve são professores em início de carreira que ganhavam anteriormente R$ 2 mil e só vão ter R$ 1,6 mil. Um absurdo", frisou o servidor Adriano César, 31.

Opinião do Professor Bebl.
Ele se esqueceu de dizer que além dos professores em início de carreira, tem os temporários que são maioria no interior, que também iriam ganhar 2 mil. É um retrocesso, pois se antes íamos ganhar 2 mil, voltar para ganhar 1,6 mil é absurdo.

Está tendo um jogo de interesses muito grande. Quando o governo queria aumentar os salários de quem ganha muito pouco, os que já ganham em torno de 2,6 mil não queriam. Agora, a proposta para estes foi boa, mas para nós, que ganhamos pouco é ruim.

O governo não tem condições de dar um aumento significativo para todos, porque tem a questão dos inativos (aposentados), que como o regime é estatutário, também teriam seus salários aumentados, dentre outros pontos. Agora, deixar os que já estão na miséria continuar na miséria é absurdo.

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